Reinventar um mundo diferente e melhor

O bem-estar das pessoas e do planeta, moldado pelo imediatismo e conveniência, será um dos principais focos de um futuro que sabemos que vai ser ainda mais tecnológico.

Reinventar faz parte da minha maneira de pensar. É uma vontade irrequieta e permanente que introduzo em tudo o que faço, seja quando surgem projetos novos, seja quando é necessário reinventar, mudar ou rejuvenescer projetos implementados. Desde sempre que acredito na capacidade que cada um de nós tem para alterar o mundo que nos rodeia.

Na verdade, todos conseguimos ser agentes de mudança e influenciadores de novas concretizações. Podemos falar em criatividade, resistência e em persistência, características que podem ser conjugadas na palavra resiliência, ou na capacidade que o ser humano tem para superar adversidades com otimismo, transformando o que é negativo em lições aprendidas. É o que tenho feito também ao longo destes meses de pandemia.

O confinamento veio acelerar a tomada de várias decisões e a alteração de processos, maioritariamente baseados na tecnologia, ou seja, abreviou o processo de transição digital de vários setores que viram grande parte das suas transações passarem a acontecer no meio online.

Temos pela frente um mundo que era esperado num futuro mais ou menos próximo, que estava em desenvolvimento visível, mas que já chegou. Está instalado e afirmado e vai escrever e determinar as principais linhas do relacionamento interpessoal e empresarial. Por outras palavras, os modelos de negócio mudaram, sendo que em algumas atividades esta realidade já é percetível e noutras já há nitidez suficiente para antecipar algumas alterações.

Daqui para a frente as empresas, enquanto organizações de pessoas que servem outras pessoas, têm de ser necessariamente diferentes: mais sustentáveis, com propósitos ambientais e sociais maiores e claros, mais humanas, com culturas organizacionais mais adequadas às novas expetativas internas e externas, com mais trabalho flexível e global, com espaços de trabalho mais colaborativos e com renovadas estratégias de retenção de talento.

O bem-estar das pessoas e do planeta, moldado pelo imediatismo e conveniência, será um dos principais focos de um futuro que sabemos que vai ser ainda mais tecnológico. Se as novas gerações já compravam de forma diferente, a pandemia trouxe uma forte evolução do comportamento digital. Hoje em dia quase toda a gente é digital. Simplicidade e experiências online e offline são conceitos que os Parceiros de Negócio e os Clientes vão exigir mais e mais.

Estamos a assistir a grandes mudanças e devemos querer fazer parte delas. Os momentos que mudam o mundo são muitas vezes fatais para quem fica paralisado e “colado” ao chão”. Na Zurich abrimos mais esta janela e vemos oportunidades, confiança, determinação, qualidade e trabalho de equipa. Vamos continuar a reinventar o mundo que nos rodeia e fazer dele um mundo diferente e melhor.

In Jornal Económico